quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

Marmelos escalfados

Chegámos ao mês da mantinha, livro (este é o que estou a ler agora) e chá quente e nada me tem sabido melhor que isso. 
Com eles se fintam os jantares e lanches de Natal, o corre-corre que o calendário tenta impor e se embrulha o frio que Dezembro trouxe.
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Nos intervalos há marmelos ainda mornos, que se aliam tão bem à acidez fresca do iogurte e ao crocante da granola (receitas aqui, aqui e aqui). 
Escolho cozinhá-los bem devagar, a uma temperatura baixinha, no limite do fervilhar, numa calda de baunilha, canela e limão. É esse tempo que lhes dá a consistência delicada e desenvolve em pleno os aromas da calda - impõe-se como regra a obrigação incontornável de saborear esta calda até à última gota.

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Marmelos escalfados 

2 marmelos grandes, c/ casca, descaroçados*, cortados em quartos 
500 ml de água 
Sementes de ½ vagem de baunilha 
1 c. sopa de açúcar 
1 pau de canela 
1 rodela de casca de limão 


// preparação 

Prepare os marmelos (se preferir pode descascá-los, mas nós comemos mesmo com casca). 
* Pode descaroçar crus ou depois de cozinhados, o que facilita a tarefa. 
Enquanto isso, coloque numa caçarola os restantes ingredientes e deixe em lume alto até ferver e dissolver o açúcar. 
Adicione os marmelos já cortados, tape e cozinhe em lume baixo, a fervilhar muito no limite (para a fruta não se desfazer), entre 45 minutos a 1 hora. 
Estarão prontos quando cederem facilmente ao espetar um garfo e ganharem um tom rosado, que tornar-se-á mais pronunciado depois de arrefecerem na calda. 

Sirva mornos ou guarde com a calda no frigorífico.




 

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Salada de lentilhas e couve flor

Gosto de improvisos na cozinha. 
Já que não lido bem com eles na vida em geral, aqui encontro uma gaveta confortável para encaixar esse desencontro entre a minha necessidade de previsibilidade e rotinas e a certeza de que a vida sempre nos brindará com o aleatório e inesperado.

Entre deixar e ir buscar as miúdas à escola, o dia de trabalho teima em correr mais depressa que os ponteiros do relógio. Agora com elas mais crescidas e autónomas já consigo treinar em casa logo de manhã cedo antes de sairmos e por isso, quando regresso da escola, é o computador que me recebe.
Dedico-me normalmente à edição e a tudo o que implique mais tempo - não sei como é convosco, mas comigo é de manhã que consigo desenvolver os trabalhos que exigem continuidade e mais concentração. Por isso a pausa para almoço é um momento que vem quebrar a cadência mecanizada do trabalho no computador e é bem-vinda.

Se há dias em que tenho alguma coisa já pronta a aquecer, noutros há que improvisar com o que encontro. 
E por isso tento sempre ter algumas bases já preparadas, para que seja rápido montar um almoço nutritivo. 
No fim de semana tinha cozido meio quilo de lentilhas, das quais uma parte usei num guisado, outra congelei e outra guardei no frigorífico, temperadas com azeite, coentros, alhos, sal, pimenta e sumo de limão. 
Foi a estas últimas que deitei a mão. Na véspera, quando fiz arroz de cenoura e couve para o jantar, também aprovei para cozer uns floretes e talos de couve flor a vapor (ao mesmo tempo que cozo o arroz, simplesmente coloco-os sobre este antes de tapar a panela).


post 


E assim se orquestrou este singelo improviso. 
Alface e coentros da horta dos meus pais, lentilhas, floretes e talos de couve flor amornados, nozes de Palmela e uma vinagreta de azeite, sumo de limão, mostarda e agave, sal e pimenta preta. 
Acompanhei com uma fatia de pão torrado, esfregado com alho e azeite. 
Fica a sugestão.

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Galette de maçã

Comecei a tarde a editar na companhia do episódio do podcast Cherry Bomb, que tinha como convidada a minha para-sempre-musa-das-galettes, Yossy Arefi
Sou muito nostálgica em relação aos tempos fulgentes dos blogues - os textos, os debates, os universos partilhados, os comentários. E também as receitas, claro, ou não fosse disso que aqui falo, e o Apt. 2B Baking Co., da Yossy tinha as galettes mais admiráveis da blogosfera.

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 Inevitavelmente terminei o dia com as mãos na massa e uma galette de maçã a sair do forno.

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Galette de maçã 

Para a massa: 
120 g de farinha de espelta 
60 g de farinha de trigo sarraceno 
1 pitada de sal 
100 g de manteiga vegetal, fria 
1 c. chá de vinagre 
2 a 4 c. sopa de água gelada 

Para o recheio: 
3 maçãs reinetas, descaroçadas, c/ casca 
1 c. sopa de maizena 
1 c. chá canela 

Para pincelar: 
2 c. sopa de bebida aveia 
1 c. sopa de melaço 



// preparação tradicional da massa 

Numa taça grande misture as farinhas e o sal, junte os cubos de manteiga gelada e misture com a ponta dos dedos até obter primeiro uma farofa grossa e depois uma massa mais homogénea, mas sem amassar demais. 
Vá juntando o vinagre e a água gelada, amassando apenas o suficiente para conseguir formar uma bola. 
Achate a massa num disco, envolva em película e deixe descansar no frigorífico por pelo menos 30 minutos ou de um dia para o outro. 


// preparação da massa num robot de cozinha_thermomix Bimby 

Coloque todos os ingredientes da massa no copo e amasse 5 seg/vel 6. 
Retire e forme uma bola. Achate a massa num disco, envolva em película e deixe descansar no frigorífico por pelo menos 30 minutos ou de um dia para o outro. 


// finalização 

Pré-aqueça o forno a 180ºC e forre um tabuleiro de forno com papel vegetal. 

Numa taça, envolva a maçã cortada em fatias finas com a maizena e a canela, e deixe descansar enquanto estica a massa. 
Numa superfície enfarinhada ou sobre papel vegetal, abra a massa com o rolo num círculo com aproximadamente 3mm de espessura e transfira para o tabuleiro de forno já preparado. 
Distribua a maçã pela massa, deixando uma margem livre à volta da borda, para poder dobrar. 
Dobre as bordas sobre o recheio e pincele-as com a mistura de bebida vegetal e melaço. 

Leve ao forno a 180ºC durante 45 minutos, até que a massa fique bem dourada. 
Retire do forno e sirva morno, com uma bola de gelado ou iogurte.

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Estufado da terra

Todos os anos tento trazer uma receita nova no Dia Mundial da Alimentação, que se celebra hoje. 
Da terra vem o alimento, o sustento, o direito a viver com dignidade, o caminho para um mundo melhor. 
Não é fácil, mas há que acreditar sempre que podemos contribuir para um mundo melhor.

  blogue 


Estufado da terra 

Rende 4 doses 

Azeite, a gosto 
1 cebola, picada 
1 folha de louro 
1 c. chá de cominhos 
1 c. chá de sementes de coentros 
½ c. chá de cúrcuma 
1 pitada de canela 
3 dentes de alho, picados 
1 cenoura pequena, ralada 
1 talo de aipo em pedaços pequenos 
1 c. sopa de pasta de tomate concentrada 
1 lata pequena de tomate em pedaços 
250 g de grão cozido 
½ cháv. de lentilhas vermelhas 
Água q.b. 
Sal e pimenta-preta moída na hora
1 c. sopa de miso 

Azeite
200 g de cogumelos shitake, em pedaços 
Sal e pimenta preta moída na hora

1 mão cheia de coentros, p/ servir 

1 iogurte de soja, s/ açúcar
Sumo de 1/2 limão
1 c. chá de agave
1 c. chá de mostarda
Sal e pimenta preta moída na hora


// preparação 

Refogue numa panela, em lume médio, a cebola picada com o azeite, até amolecer e ficar translúcida, sem queimar. 
Misture as especiarias e deixe um minuto, para os aromas se soltarem. 
Adicione os alhos picados, a cenoura ralada e o aipo em pedaços e cozinhe em lume médio, aprox. 10 minutos, mexendo ocasionalmente. 
Acrescente a pasta de tomate, o tomate em pedaços, o grão cozido e as lentilhas vermelhas, misture, cubra tudo com água e aguarde até levantar fervura. 
Tempere com sal e pimenta, tape e cozinhe em lume baixo, sem pressa, cerca de uma hora e meia, mexendo de quando em quando, e adicionando mais líquido se necessário. 
Rectifique os temperos, adicione o miso e deligue. 

Enquanto o estufado termina de cozinhar, coloque um fio de azeite numa frigideira e salteie os cogumelos em lume alto. Tempere com sal e pimenta.

Para o molho de iogurte, misture todos os ingredientes numa tigela. 

Sirva o estufado com os coentros, os cogumelos salteados, o molho de iogurte e umas fatias de pão de torrado.

sexta-feira, 21 de julho de 2023

Hummus de ervilha


“O verão está instalado no meu coração.” 
Clarice Lispector
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 Na mesa têm estado os habituais da estação: muito tomate, saladas de leguminosas, gelados de fruta madura, sopas frias e tudo o que faça boa companhia às bebidas frescas entre amigos.



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Hummus de ervilhas

2 cháv. de ervilhas cozidas (aprox. 260 g) 
1 c. sopa tahini 
1 c. sopa azeite 
1 dente de alho 
Sumo de meio limão 
Sal e pimenta 
Uma mão cheia de coentros 
Água fria q.b. (aprox. 1 cháv. de café) 


// preparação 

Triture todos os ingredientes até obter uma mistura homogénea e vá ajustando a quantidade de água até obter a consistência desejada. 
Rectifique os temperos e sirva com cenouras, pepino, tiras de pimento, aipo ou bolachinhas salgadas.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Bolo de tangerina e amêndoa. E um poema de Eugénio de Andrade


Frutos


Pêssegos, peras, laranjas,
morangos, cerejas, figos,
maçãs, melão, melancia,
ó música de meus sentidos,
pura delícia da língua;
deixai-me agora falar
do fruto que me fascina,
pelo sabor, pela cor,
pelo aroma das sílabas:
tangerina, tangerina.

Eugénio de Andrade


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Bolo de tangerina e amêndoa

80 g de amêndoa triturada 
120 g de açúcar ou tâmaras descaroçadas 
Meio cm de gengibre 
3 tangerinas descascadas e descaroçadas 
Raspa de 1 tangerina 
40 g de coco ralado 
90 g de azeite 
200 g de bebida de soja 
120 farinha de farinha de trigo espelta 
1 c. chá de fermento para bolos 
1 c. chá de bicarbonato de sódio 
1 c. chá de vinagre de maçã 
1 pitada de sal 


// preparação tradicional 

Pré-aqueça o forno a 180ºC. 
Forre com papel vegetal uma forma de bolo inglês. 

Se usar amêndoa inteira, comece por pulverizá-la numa picadora ou robot de cozinha e reserve. 
Numa taça grande, triture o açúcar ou tâmaras com o gengibre, as três tangerinas, a raspa, o coco, o azeite e a bebida de soja. 
De seguida adicione a amêndoa triturada, a farinha, o fermento, o bicarbonato, o vinagre e o sal e envolva apenas até deixar de se notarem grumos e ficar uma mistura homogénea. 

Deite a massa na forma preparada e leve ao forno a 180ºC cerca de 40 minutos (ao espetar um palito no centro da forma este deve sair seco). 
Retire do forno e deixe arrefecer um pouco sobre uma grelha antes de desenformar. 


// preparação robot de cozinha_thermomix Bimby 

Pré-aqueça o forno a 180ºC. 
Forre com papel vegetal uma forma de bolo inglês. 

Se usar amêndoa inteira, comece por pulverizá-la no copo cerca de 10 seg, vel 7-9. Retire e reserve.
Coloque no copo o açúcar ou tâmaras, o gengibre, as três tangerinas, a raspa, o coco, o azeite e a bebida de soja e bata 2 min/vel 6. 
Adicione a amêndoa triturada, a farinha, o fermento, o bicarbonato, o vinagre e o sal e envolva 6 seg/vel 6. Se necessário, envolva mais um pouco com a espátula até deixar de se notarem grumos e ficar uma mistura homogénea. 

Deite a massa na forma preparada e leve ao forno a 180ºC cerca de 40 minutos (ao espetar um palito no centro da forma este deve sair seco) 
Retire do forno e deixe arrefecer um pouco sobre uma grelha antes de desenformar.


quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Sopa cremosa de beterraba e marmelo

Gosto de fazer sopa a meio da tarde, numa pausa do trabalho no computador, e prová-la de imediato, fazendo duma caneca de sopa um dos meus lanches preferidos. 

Quando vou fotografar casamentos, levo sempre um frasco com sopa para beber a meio do corre-corre entre preparativos-cerimónia-cocktail, no qual temos como certo umas longas horas de trabalho até finalmente termos oportunidade de nos sentarmos para uma refeição. 
Nos preparativos para ir de férias cumpro sempre a tarefa de deixar sopa pronta para o regresso. Se for uma viagem mais demorada, congelo-a previamente e retiro-a para o frigorífico antes de sair de casa, e assim vai descongelando lentamente até ao meu regresso. Nada sabe melhor do que ter uma sopa caseira para nos receber de volta. 
E reza a história familiar que quando era bebé mil vezes me dessem sopa ao lanche, do que leite para beber. 

Assumida que está, com estes factos, a minha relação afetiva com a sopa, não há como fugir, seja Verão ou Inverno, ela nunca falta cá em casa. 
E agora que o Outono se instalou sem timidez, venha então uma sopa robusta aconchegar estes finais de dia. Se gostam de beterraba, há também cá no blogue uma receita muito recomendável de borsht, com fotografias duma viagem a S. Petersburgo
E se se sentem afoitos para uma combinação pouco óbvia, acreditem que marmelos e beterraba não vos irá deixar ficar mal. 

Eis pois que, afinal, no “No soup for you” não faltam sopas para todos os gostos.


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Sopa de beterraba e marmelo 

1 cebola 
1 dente de alho 
Azeite 
2 curgetes, em pedaços 
1 beterraba pequena, em pedaços 
1 marmelo, descascado e descaroçado, em pedaços 
1 mão cheia de lentilhas vermelhas 
Sal e pimenta preta moída na hora 
Água 


// preparação tradicional 

Refogue a cebola e o alho picados no azeite, até que a cebola amoleça. 
Adicione a curgete, a beterraba, o marmelo e as lentilhas, tempere com sal e pimenta preta e cubra com água. Coza tapado em lume brando até que os legumes fiquem macios. 
Triture até obter um puré cremoso. 
Retifique os temperos e a consistência, adicionando mais água caso seja necessário. 


// preparação robot de cozinha (bimby_thermomix) 

Coloque no copo a cebola o alho e o azeite, pique 5 seg/vel 5 e refogue 6 min/Varoma/vel 1. 
Adicione a curgete, a beterraba, o marmelo e as lentilhas, cubra com água e coza 40 min/100ºC/ vel 1.  Tempere com sal e pimenta, programe 2 min e vá progressivamente até à vel 7, para triturar. 
Retifique os temperos e a consistência, adicionando mais água caso seja necessário.



quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Gelado de ameixa e feijão branco

O Verão já vai lançado e não têm faltado gelados caseiros nesta cozinha. Haja fruta bem madura, perfumada e doce, e temos a festa feita! 

Vão saindo ao improviso dum “mamã, podemos comer gelado ao jantar?”, e para quatro pequenas tacinhas, o acessório picador da varinha mágica dá conta do recado na perfeição. O que não pode faltar: congelar previamente a fruta em pedaços. E, claro, matéria prima no pico do sabor. Junte-se umas colheres de iogurte, um fio de sumo de limão e há gelado na mesa.

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O gelado que trago hoje vem enriquecido pela gordura dos cajus e pela cremosidade do feijão, ideia que quando em tempos vi partilhada pela Diana, me piscou logo o olho. E vem em quantidades certas para ser partilhado numa mesa mais composta - afinal, é Verão e os fins de tarde têm muito mais graça com os amigos por perto.

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Gelado de ameixa e feijão branco

80 g de caju, previamente demolhados por 2h e escorridos 
80 g de bebida de soja 
100 g de pasta de tâmara ou açúcar (ajuste a quantidade a seu gosto)
200 g de feijão branco cozido (1 cháv.) 
800 g de ameixas bem maduras, descascadas 
2 iogurte naturais de soja 


// preparação 

Num processador de alimentos triture os cajus com a bebida de soja até obter uma mistura cremosa.
Adicione a pasta de tâmara, o feijão branco e as ameixas e triture até ficar homogéneo. 
Coloque num tabuleiro e leve ao congelador durante pelo menos 4h. 
Retire do congelador uns minutos antes de finalizar, para amolecer ligeiramente, de modo a que consiga cortar em pedaços. 
Triture a mistura previamente congelada com os iogurtes naturais e sirva de seguida. 
O gelado estará mais cremoso no momento em que é triturado. Se sobrar muita quantidade, recomendo que congele novamente num tabuleiro e repita o processo final quando voltar a servir. Em alternativa, coloque no congelador e retire 20 minutos antes de servir para ficar menos firme.

Nota: 
De forma a obter o melhor resultado, costumo triturar os cajus com a bebida de soja no acessório picador da varinha mágica. Como é pequeno, facilita a trituração de quantidades mais reduzidas. Para os restantes passos da receita uso um processador maior, neste caso, a Bimby.


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Barras de quinoa, aveia e alperces


Os alperces estavam na despensa sem destino certo.
E porque tinha acabado de cozer quinoa e porque ia usar o forno para o jantar e porque as miúdas empolgam-se sempre com a ideia de fazermos juntas qualquer coisa para os lanches, fomos juntando coisas boas numa taça e ficou assim.

Já fizemos em versão barras e também na versão bolachas, podemos trocar isto por aquilo e juntar mais aqueloutro que nos tem saído sempre bem.

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Barrinhas de alperce, quinoa e aveia

200 g de alperces secos
100 g de quinoa cozida (ou mais 100 g de flocos de aveia) 
100 g flocos de aveia 
40 g de coco ralado 
1 c. sopa de linhaça moída 
2 c. sopa de azeite 
2 c. sopa de pasta de tâmaras ou agave 
1 pitada de sal 


// preparação 

Pré aqueça o forno a 180ºC e forre o tabuleiro de forno com papel vegetal. 
Pique os alperces em pedacinhos e misture bem todos os ingredientes numa taça até obter uma massa homogénea.
Se optar por usar um robot de cozinha, triture todos os ingredientes 20 seg/vel 6. 
Coloque a massa sobre o tabuleiro forrado e pressione com as mãos para espalhar com a altura desejada. Se preferir mais alta, depois de arrefecer corte em barras. Se preferir calcar a massa mais fina e fazer bolachas, use uma faca para cortar uma grelha de quadrados com uma faca antes de assar. 
Leve ao forno a 180ºC durante 30 minutos. 
Retire, deixe arrefecer ligeiramente e corte as barras ou bolachas para depois deixar arrefecer sobre uma grelha.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Gratinado de grão e vegetais. Uma receita de Natal.

Do Natal quero que seja (apenas?) simples, fácil, divertido e confortável, tanto à mesa como fora dela.
A Isabel está com seis anos e a Luísa quase três. Sonhei tanto com isto... que quero esquecer tudo o que sonhei e aproveitar apenas o que são, a leveza que a alegria dum natal com crianças nos traz. Quero olhar para elas e deixar-me existir nessa leveza, nesse tempo em que tudo cabe. 

Quero mimar as minhas miúdas, aproveitar os nossos ali todos reunidos e não esquecer que é apenas, e isso é tanto, mais um dia em que conseguimos estar presentes e juntos.


Fazer do Natal o que for significante para nós pode passar por trazer para a mesa novas formas de celebrar.
Este gratinado é reconfortante como se quer nesta época do ano, versátil e presta-se tão bem a ser preparado com antecedência que nos liberta de menos uma tarefa na cozinha num dia em que temos a casa cheia. Pode ser guardado pronto a ir ao forno (no frigorífico ou no congelador) e depois basta polvilhar com a broa ralada, regar com azeite e gratinar.

Atrevamo-nos a experimentar neste Natal. Uma receita diferente na mesa e um tempo diferente nos dias. 
Para quê tanta pressa. Para quê tantas coisas? 


  blogue 


Gratinado de grão e vegetais 

Rende 6 a 8 doses 

1 kg de batatas, descascadas 
4 c. sopa de azeite (50 g) 
3 cebolas 
4 dentes de alho 
4 cenouras (350 g) 
1 alho francês grande (250 g) – ou couve, espinafres... 
1 folha de louro 
Sal e pimenta-preta a gosto 
2 c. sopa de alga nori em flocos (cerca de 2 folhas) - opcional 
500 g de grão cozido 
Broa ralada q.b. p/ polvilhar 

Para o molho bechamel: 
40 g de azeite 
50 g de farinha 
500 g de bebida de soja ou aveia sem açúcar 
200 g da água da cozedura do grão (pode substituir por bebida vegetal ou água) 
1 c. sopa de mostarda 
1 mão cheia de coentros picados 
Noz moscada 
Sal e pimenta-preta q.b.   


// preparação tradicional 

Coza as batatas. (Cozi previamente durante 9 minutos na panela pressão, inteiras, com casca). 
Enquanto isso, numa frigideira grande, refogue a cebola picada em lume médio, com o louro, até que amoleçam e ganhem cor. 
Adicione os alhos picados, as cenouras raladas e o alho francês cortado em rodelas finas, tempere com sal e pimenta preta e deixe cozinhar em lume médio-alto até murcharem, aprox. 10 minutos. 
Pré-aqueça o forno a 200ºC.

Para o molho bechamel, aqueça numa caçarola o azeite com a farinha e mexa bem até que a farinha coza. 
Em lume brando, vá juntando a bebida de soja aos poucos, mexendo sempre entre cada adição para não formar grumos, até que engrosse e fique um creme homogéneo. Tempere com sal, pimenta, noz-moscada e mostarda e envolva os coentros picados. Reserve. 

Corte as batatas já cozidas em pedaços de aprox. 1,5 cm e coloque-as num tabuleiro de forno grande, de louça. 
Quando terminar de cozinhar os legumes, misture-os no tabuleiro com as batatas, a alga nori e o grão cozido e depois envolva dois terços do molho bechamel. 
Cubra com o restante molho, polvilhe com a broa ralada, regue com um fio generoso de azeite e leve ao forno a 200ºC cerca de 30 minutos, até gratinar. 
Acompanhe com uma salada de folhas verdes. 


// preparação robot de cozinha_thermomix Bimby 

Coza as batatas. (Cozi previamente durante 9 minutos na panela pressão, inteiras, com casca). 
Para fazer na bimby, coloque a água no copo, depois coloque a Varoma com a batata em pedaços e coza 20-35 min/Varoma/vel 1. Retire a Varoma, descarte a água do copo e reserve as batatas. 

Pré-aqueça o forno a 200ºC. 
Coloque no copo vazio o azeite, as cebolas, os alhos, as cenouras e os alho francês e triture 5 seg/vel 5. Se for necessário, baixe os resíduos da parede do copo com a espátula e triture mais alguns segundos. 
Adicione o louro, tempere com sal e pimenta preta moída na hora e refogue 12 min/varoma, vel 1. 

Enquanto isso, corte as batatas cozidas em pedaços de aprox. 1,5 cm e coloque-as num tabuleiro de forno grande, de louça. 
Quando terminar de cozinhar os legumes, misture-os no tabuleiro com as batatas, a alga nori e o grão cozido. 

Sem lavar o copo, coloque todos os ingredientes do molho bechamel e programe 8 min/90º/vel 4. 
Quando terminar, ajuste os temperos, caso seja necessário. 
Misture dois terços do molho bechamel com o grão, os legumes e a batata no tabuleiro e use o restante para cobrir. 
Polvilhe com a broa ralada, regue com um fio generoso de azeite e leve ao forno a 200ºC cerca de 30 minutos, até gratinar. 
Acompanhe com uma salada de folhas verdes.